segunda-feira, 27 de setembro de 2010

o livro das caras

a kind of_network

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

trinta

um dia acordo nos 30, com uma mulher que ainda dorme. de pele reluzente ao sempre bem disposto sol matinal, (ou entao um homem), tenho um carro a hidrogénio, um piriquito biológico, um atelier na baixa e o nono aniversário do meu afilhado. manhã essa que também foi ontem...e hoje. ou entao nessa mesma manha acordo com um cão que apenas me da o prazer da sua presença porque sou eu que possuo o mini radio que nos liga ao mundo, tenho um trabalho na baixa que envolve criatividade e a solidariedade dos transeuntes para com sem-abrigos. mas estas manhãs que sao e já foram e continuaram a ser paralelas entre si, (e que por acidente por vezes se cruzam) são motivações de fé, daqueles de ser o que se quer, saber que o podemos e nem o queremos. agora enquanto escrevo, ao meu lado uma versão alternativa de mim numa realidade paralela (alternativa, ou reprimida) estou eu na california com a mulher com quem acordei aos 30, que já foram ontem e que grafitamos agora, nesta realidade que passa aqui ao lado, o tecto espelhado do hotel de seis estrelas.

*great power, big responsibilities.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

domingo, 12 de setembro de 2010

sem pappeal

numa viagem de comboio,
com um livro para ler
mas eu sem vontade para o fazer
com muitas ideias a nascer
mas nem um papel para as escrever

lembro-me apenas que o titulo deste post seria "the invention of lying" vs "Paris, Texas"


(mas dada incoêrencia própria, melhor assim, porque agora também me lembro : "Mas ando pela vida por ver andar meus amigos E confesso que por vê-los nem me custa andar ai" sem saber quem sou e o que quero
ou então a hipocrisia de mim para mim mesmo: "mas ando pela vida feito placa de auto estrada que ensina o caminho aos outros mas pouco sabe de si")

domingo, 5 de setembro de 2010

Play me a song

"I was in the old quarter of the town. The little church stood up dim and grey and unreal. At once the experience of the evening came back to me, the mysterious Gothic doorway, the mysterious tablet above it and the illuminated letters dancing in mockery. How did the writing run? 'Entrance not for everybody.' And: 'For madmen only!' I scrutinized the old wall opposite in the secret hope that the magic might begin again; the writing invite me, the madman; the little doorway give me admittance. There perhaps lay my desire, and there perhaps would my music be played."

enquanto estamos com a cabeça cheia de tudo e nada, perdemos os "4:12minutos" de cada dia (passam e nem os sentimos)

porque lembro-me ainda de um sorriso de uma senhora em que a pele enrugada traduzia as experiencias de uma longa vida. senhora essa que na "minha rua" em istanbul tentava vender lenços de papel, mas a mim se dirigiu com nada mais que um sorriso sincero, á distancia de quem sabe como partilhar um sentimento. pois com todo o prazer eu o sorriso lhe retribuí. (como num momento só meu e daquela desconhecida que me era próxima, todos presenciaram e ninguem o viu.)

*(inocente ou não) um sorriso por dia nem sabes o bem que te faz(ia)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Káli

[...] " Nas costas da fotografia, dois nomes, Ingrid e Jesibel. Quase um século depois, Torig, como é possivel reencontrar-te agora no fundo da minha memória? Ou será que a memória do universo conserva vivos os seres noutra dimensão? Será que a imortalidade dos homens se conseguirá através das viagens do tempo dentro de nós? E que a vida de uma história poderá continuar-se de uma memória para outra, como se fossem dois ou mais espelhos da realidade absoluta? e única? E, se assim for, não seremos nós apenas o repositório material de uma outra vida, aquela que não conhece limites nos tempos e nos espaços? Não seremos nós então as transitórias imagens do poder final da eterna criação das bíblias ainda-não-escritas?"

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Revolta-te

usem, mas abusem (ou então reconheção-me o mérito!)

"quem ganhou ganhou e usou-se disso
quem perdeu há-de ter mais cartas p´ra dar "

"todos náo pagamos por tudo o que usamos
o sistema é antigo e não poupa ninguém
somos todos escravos do que precisamos
reduz as necessidades se queres passar bem
que a dependência é uma besta
que dá cabo do desejo
a liberdade é uma maluca
que sabe quanto vale um beijo"

e mais escreverei para por na garrafa :)